seis anos, SEIS ANOS! não foi ontem nem hoje, mas é como es tivesse sido. eu preciso de ti aqui, acho que não merecia isto, não precisava, não queria, nem me faz falta a falta que tu me fazes. Fiquei presa ao passado, ao passado que era meu e teu, que era só nosso. abro a mão e tu cá não estás, onde estás (?) a vida deve ser melhor, mas aqui é frio, cruel e duro sem tu estares comigo. não sei se o que nos separa são quilómetros, se são anos-luz, não sei ao certo a medida certa, nem sei dizer o que não devo ou posso fazer. oiço o teu riso a vaguear no meu coração, na minha mente, sinto o teu amor, este que é omnipresente e maior do que se sente comummente . penso em ti, penso em nós, não penso em nada em vão, guardo comigo cada sorriso, cada recordação. para mim tu estás vivo, estás comigo, andamos sempre lado a lado mesmo que não te consiga ver e, tu proteges-me mesmo quando eu não preciso que o faças. cada palavra que escrevo sem a tua imagem por perto dói, corrói-me a alma, tira-me o ar, faz com que meticulosamente a minha garganta solte gritos mudos, mas sabes ? há pessoas aqui, que gostam de mim, que fazem tudo para me ver bem, podem não ser muitas mas as que o fazem chegam, elas dão-me força para superar tudo o que aconteceu, elas fazem-me bem e conseguem deixar-me com um sorriso nos lábios. tantas vezes sorrio com vontade de chorar, tantas vezes choro com vontade de rir, tantas vezes fico com vontade de partir. quando me lembro do que aconteceu contigo, uma dor incontornável chega até mim e não me deixa continuar com a minha vida, faz-me sofrer mas, como sempre há algo teu que faz com que eu consiga apaziguar as minhas dores e que tudo melhore. relembro tudo o que faziamos, tudo o que passámos, antes de tu partires para esse outro mundo; eu não te deixava sozinho, ia contigo para onde quer que fosses, fosse para norte, para sul, para este ou oeste, o que interessava era estar contigo, era não te perder de vista, eu ia contigo, quase como no teu bolso. lembro-me vezes sem conta da tua voz, da tua alegria capaz de contagiar meio mundo e da felicidade com que ficavas ao olhar para mim e me chamavas de 'minha piolhinha' e aí, o meu coração petrifica e dos meus olhos saem das mais gélidas e dolorosas lágrimas. "diz à Magda que ela é a pessoa que eu mais amo" e foram estas, foram estas as ultimas palavras que ouvi da tua boca, palavras estas que são mais verdadeiras do que existirmos, foram as ultimas mas eu nunca as esquecerei, nem a elas, nem a ti.
Foste o melhor, quer em vida, quer nesse sitio em que estás agora, onde certamente podes descansar, em paz!
com amor, Magda ♥
Sem comentários:
Enviar um comentário